24.1.11

Mulheres da vida


E mais beijos não dei!
Não dei mais os braços a nenhuma mulher,
Noites me passaram despercebido,
O coração delirou de saudades,
Perdi a pertença e o controlo da vida,
Pelas andâncias que ti procuram.
Despi-me do seu corpo nas mãos da distância que nos une
Onde estás Xiluva...
E hoje ti procuro...
Procuro-te no acaso da vida,
Aquela que ti esconde de mim com demasiado afinco,
Das noites de Maputo que ti tornaram mais mulher de mim,

Xiluva...por onde andas a estas horas!
Onde será que ti encontras, Xiluva...

Estas mãos que tocaram o seu corpo,
Estremecidas de vontade de nunca ti perder,
...hoje...
Nãos mais lembram-se da sua presença.
Os meus sonhos...
Os meus olhos,
As minhas lágrimas,
A minha voz...
Hoje, Xiluva...
Buscatam-te mais apaixonante que nunca.

Que dor infernal...
Me faz perder o fólego...
Por não ver-te ao meu lado durante muitas noites,
Os Nkaringanas que os kokwanes contavam-nos na lareira,
Hoje, Xiluva...você os ambandonou junto com migo

Os meus olhos ti olham com muita distância,
Vistam a sua imagem com infinita insatisfação da realidade que vives
Não quero acreditar que a noite de amor que tivemos,
Fora a única que ti tera como amante,
O meu peito chora de saudades,
Mas more de medo da eternidade que nos separará,
Venha ver-me na proxima noite!?

Deixa os Chopes e os Ngunes
Deixa os Xonas e Changanas,
Deixa os tugas e os brancos da avenida
Vem me ver Xiluva

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