Crónica

Remorsos…!


Não consigo chorar as lágrimas de ontem nem de hoje!

Cruz Salazar, recitando no CCBM

Não sei falar das estórias passadas, não percebo as que agora acontecem, e muito tenho medo das que podem acontecer no futuro!
Espontaneamente, jorram-me as lágrimas de dor e culpa, daquilo que não sei dizer!
Estereótipos da minha mente deixam-se transparecer no meu quotidiano e alimentam o meu medo, esmagando o meu peito que arde sem chamas!
Não conheço, ninguém e não reconheço a mim mesmo, por uma decisão só, tomada em momentos e condições incertas.
Na verdade, nem se quer sei se foi uma decisão ou suicídio!
Nem se foi o fim ou início de um caos na minha vida.
Caos que deixa-me, a cada dia, refém, de promessas mais atormentadoras que já vivera.
Não consigo pensar, se não, sentir esta dor que me consome sem piedade nem compaixão.
Obscuramente, vivo cada dia sem dia, com migo mesmo.
Não tomara nenhuma decisão se assim imaginasse que fosse, mas o tempo não julga quem com sigo corre, muito pelo contrário, aos que contra si, e varridos pela razão desumana que nos possui na fúria, decidem invalidar uma estória.
As vezes, tenho visto que de mim, apenas uma coisa é certa das decisões que tomei, uma coisa só.
Não sou culpado pelo que não fiz, recai-me, mais é, a culpa sobre o que faço.
Mas sempre o faço por uma causa “verdade, justiça e solidariedade”.
“Antes vale a guerra, do que uma paz sem justiça"


Retirem os homens do bem da fauna

Há razões que por si só, se justificam, mesmo dependendo de explicações do homem para se tornarem verídicas.



O problema é que nem sempre o que o homem faz ou diz se explica por si, às vezes parecemos ervas daninhas contra as grandes produções do maná, o sagrado alimento.
Pena que milagres que aconteceram com o povo de Israel, quando libertados das garas do Faraó, no Egipto, pelo saudoso Moisés, não se repetirão tão já na nossa nesta fauna, Matola.


Fala-se sempre do conflito homem animal, em que os homens encontram – se, abitualmente, residentes nas cidades, apenas visitam pelo sofrimento as matas, mas nunca se falou da necessidade de ser o homem a ser retirado das faunas selvagens que fazem de si o alimento assaciante para o omnipotente Rei da selva, escoltado por uma manada de Tigres esfomeados, tornando, este luigar, um campo de batalhas mortíferas para homem.

Acredito que isto não significa nada para a ipocresia dos defensores da mata selvagem que contitui a herança prometida por estes dogmatas inúteis que se dizem ser donos da matola e consequentimente dos matolenses, somos todos filhos da mãe, não é ?

Uma mãe que anda com nosco nas costas não no coração e nos pensamentos.
E o que será dos homens do bem que habitam este capim em ferro e fogo que precisa, mais de seralheiros do que camponeses?
Só a frustração de não estarem conscientes do abismo que passam já faz destes homens disprezíveis no olhar dos outros habitantes em algures.

Para a ironia dos coelhos e ratazanas que vão ganhando espaço num campo totalmente selvagem, sim esses somos nós, coelhos e ratazanas, sabemos que vão nos cassar feito ladrões de Galinhas, que encheram a B.O, o Leão, o Rei, e a sua cúpula dos Tigres esfomeados que rodeiam – nos, como se de “uma missão devina se tratasse” vai ainda hoje afiar as suas garas para combater contra indefesos e contra a verdade.


Colocam-nos ratoeiras, esburacam as esteradas da Matola e destroem casas e prometem reembolsar para a sua reconstrução, enventam acampamentos inúteis, que só propagam o HIV/SIDA e a prostituição, para além dos filhos sem pai, estas em que eles é que fazem aquestão de fazer sexo com as ”tais prostitutas”(criancinhas e adolescentes provenientes das escolas da Matola).
Bem haja ovosso reinado, bem hajam os Nhancales, bem hajam as prostitutas estudantes da Fauna.
E os homens seguidores à estes Reis com um trono cheio de cravos,o que será deles quando a história começar a exigir a verdade dos homens?
O que será dos homens aliados ao bem?



Eduardo Quive