30.9.09

A Assacina das Rosas Vermelhas

Às tardes passava da Escola Industrial primeiro de Maio, na capital de Maputo, não estudava alí, mas gostava daquela esquina, é poreira.
Havia um jovem, cujo nome ainda vou consultar, vendia rosas, talvez de todas as cores, será possível? Bem se é possível ou não, deixo de saber ou melhor não dava para perceber, porque sempre que olhava para aquele lado, conscidia com o olhar de uma mulher, bonita e elegante, na verdade parecia uma sereia que um simples peixe, uma mulher que cativa qualquer olhar atento, com uma voz suave, um olhar bastante firme, com um tom de inocência, em fim, um cativeiro que cativa a todos.
Quando olhava para aquele lado, via – lhe sempre com uma rosa vermelha na mão, e era assim todos os dias, pelomenos quando passava.
Foi assim por muitos dias, até que num deles decidí comprimenta – la, e não fugia a regra, virava a cabeça com os cabelos voando, arranjava – os com as mãos, molhava os lábios e piscava o olho, para o meu sufoco, sempre levantando as rosas. Noutro dia também foi assim, até que acabei ganhando corragem e perguntei – a :
- Entre você e as rosas, qual é a intimidade que existe? Principalmente as daqui do...deste rapaz!
- Asseitas uma?
- Não obrigado. Não vejo o porquê.
- bem, prifiro não existir – returquiu a caxopa de decote assustador e retirou – se da minha frente.
Oportunidades de vé - la não me faltaram, só que dessa vez infelismente não foi na esquina das rosas, aliás era uma esquina de rosas sim, mas diferante à do custume, no cemintério.
Não tive corragem de olha – la duas vezes, nem se quer a cumprimentei, estava de luto e aos gritos rebolando ao chão. Diante do susto da donsela, não restaram – me alternativas, diferentes às de salientar com migo mesmo sobre a triste perda que a Rosinha teve. E assim foi, quem não disperdiçou foi o coveiro que estava do lado direito, por sinal escondendo - se de alguem, um daqueles rapazes que sempre tem pendentes no cemintério.
- essa daí...acho até que a direcção do cemintério vai construir – lhe uma residência aqui dentro – comentava o coveiro comum ar familiar.
- Já o fizeram para alguem antes?
- não, mesmo se o quizessem, no mundo, até pode se morrer a sério,mas não temos um cliente tão acíduo como esta senhora, sempre daria no mesmo. Concluiu.
Amedrontado, fiz – me de contrário dos seus comentários, ausentei – me do seu lado simplismente. Não que as suas palavras tenham me intimidado, mas qual é a verdade que não doi a ninguém?
Um dia desses encontrei – a novamente de luto, pelo que pude notar, novo e também com novas lágrimas, inteirando novo cadáver no mesmo cemintério. Não tardou para recordar – me das palavras do coveiro intrometido e perguntei para mim mesmo porque é que a direcção do cemintério precisaria de lhe oferecer uma resindência por dentro?
Enquanto andava, via campas que por perto estavam, algo fazia - me intender que cada uma delas acendia o vermelho, neles só homens estavam interados, pelas fotografias, novos e bonitos, tanto que qualquer um que passace percebia a perca que o pais teve, fiquei com medo, tudo parecia óbvio de mais para constituir a verdade, juro que não queria acreditar.
Talvez seja por isso que comprava rosas todos os dias, vestida de uma maneira magnífica.
Sube ainda que eles morriam de casamento marcado com ela e depois de uma relação sexual.

A Viagem da virgem

Vou num pé e volto noutro mãe!
Dispidia – se Nikotile da sua mãe, tia Distina.
Era sábado de festa na casa de uma amiga no outro lado do bairro, perto da casa do tio, o que deixou a tia Distina com um ar simpático, pois estava segura da responsabilidade da pequena Kotile.
- Mãe, tal como havia dito a festa será na casa da Zize e não vou demorrar
- Está bem, olha Kotile, já sabes que se for tarde podes acomodar – te à casa do seu tio, vai boa sorte!
Assim eram as oras de dispidida entre a pequena e a mãe.
A festa comecaria às vinte horas, sem atrasos e não estava prevista a hora do seu término, mas Kotile colocou na sua agenda, que se for necessário, sairia antes da festa cabar.
Ageitada, Kotile pegou a estrada à caminho da bem dita a festa do ano e não podia, por engano nenhum, perde – la, uma vez que em nenhuma ocasião, acima das desoito horas, ela participava, pois o seu pai, tio António, não tolerava caprichos da época.
- Olhem para quem chegou!... é a Nikotile.
Chegava Kotile à festa, para a satisfação do seu pessoal que jà havia perdido as esperanças de ve - la naquele lugar, que na opinião do Tio é indecente. O ánimo e adrenalina acompanhava os passos dos presentes, principalmente a Zize, a menina que vivia na casa que a turma escolheu para fazer o baile de incerramento do ano lectivo, que para a Tia era uma simples festa de aniversário, assim ela foi dada à conhecer.
Todos rapazes da escola estavam na festa, com o principal destaque para o famoso e carrinhoso Musonde, que não só por mim foi destacado, mas também pelas raparigas do Chimondzo. Para quem sabe não é de custume ver a Kotile dançando, principalmente apertada com um rapaz, eu que o diga, nem os tios se, o vissem não acreditavam.
A noite ia se fazendo adulta cada vez mais, a Kotile também ia crescendo sem temer a precocidade dos acontecimentos, continuou dançando ao rítimo de passada estrangeira talvez fosse da Suzana Lumbrano, “aquela Cabo Verdiana que só trouxe desgraça para a nossa familia”, recordando as palavras do tio. Era aquela música do título qualquer coisa como “Nha Sonho”.
Kotile dancava incansavelmente com o Muzonde, o tal garanhão da equipa masculina que as meninas tanto disputavam, pelas suas calças que eram de estilo cinta baixa.
- sabes qual é a minha vontade, agora? – perguntava o rapaz com a voz bem suave nos ouvidos da inocente Kotile, – Não – respondeu, abanando a cabeca.
- o que mais quero agora é que esta música não pare, par nunca nos separar. Quero agora sentir o teu cheiro, curtir a tua beleza e estar em contacto com tigo atravez dos corações.
Não imaginam a raiva que sinto sempre que me lembro das palavras daquele provador de donzelas.
Para os ouvidos da virgem, que nunca ouvira palavras tão ambiciosas e que nunca lhe passara pela cabeca intereçar alguem, principalmente aquele “Mufana” – entusiasmada disse, – eu?
E os passos perceguiam o ritmo agrecivamente, mais lentos que a própria música e suaves, cada vez mais favorecendo a vontade do malandro de Muzonde. Muitos pares desfaziam – se, mas o encontro do Romeu e Julieta, tal como o distino, nenguém conseguia desfazer, e o rapaz então, este nem sinal de morto dava, por mulher, resiste até a uma Kuassa – Kuassa de Awilo Longoma.
A que só ajudou a fortalecer o aperto foi a “Carolina”. Dois por três a Nikotile saia para fora do quintal na altura prifirí não saber para que fim, em quanto isso Muzonde já não se fazia sentir na contradanca, para a minha preocupação – e a Nikotile?, alguem viu a Kotile aqui? Nada de resposta.
Na verdade o corpo sensível da Kotile havia atraído as minhas intenções e a única coisa que limitava – me a revelar, é o facto dela ser da família, talvez seja por isso que não parava de acompanhar o seu empenho na dança com o paquerador «barrata».
Pondo em prática a minha preocupação, saí para fora com a inteção de ver o que acontecia.
O que ví, foi de cortar o coração, a honra e a inocencia da Kotile estava prestes a serem transformados em história, o pior de tudo foi a sua virgindade que viveu a masculinidade daquele marginal, sem piedade.
Muzonde e a Nikotile, estam se lambuzando, contorcendo – se curufeladamente, como se não bastace a sua infantilidade lhe dava outra tesão e tudo aconteceu num murro de espinhosos.
Na hora neguei – me a acreditar, mas era ela, era a Nikotile da tia Distina, que estava declarando – se apaixonada perdidamente, por um demente, que nem se quer conhecia, eu que o conhecia é que sei o quanto é deliquente.

Cruz salazar
Nos pensamentos noturnos
Cruz.salazar02@gmail.com

18.9.09

Uma Velha na Luso se Prostituindo


Nas noites quentes de Maputo, revelam – se grandes adeptos da dança do ferro, nos palcos espermatizados da baixa da cidade.
Com inteção de cumprir com as ambições da rotina, quando a noite falecia, fiz – me de visitante a esta cidade , entrei pelo maior mercado informal, olhando os rapazes que vendem às paredes das lojas dos monhés, na avenida guerra popular, fui em frente, até a praça dos trabalhadores, vulgarmente conhecida como Ka Mamana wa Nhoca, onde a luz do dia, velhas estendem panelas ao calor e cosinham moscas, trazidas pelo cheiro fedorento de "mijos" dos homens que lavam carros e dementes que trepam os ombros daquela estatua desvalorizada e cansada da cobra que carrega no ombro à tantos anos.
Por outro lado comentava, "tem razão eles ao subirem aquela mulher em forma de pedra, uma vez que nunca se rendeu uma homenagem a ela, a não ser que haja greve para os trabalhadores injustiçados irem roçar – lhe os ouvidos defuntos, não para à ela pedir forças, mas para mostrarem – na o quanto não é nada. Gostaria que alguem se atrevesse em dizer que estou a mentir quando digo que ela não é nada, o que é uma mulher na sociedade!
Ví também as senhoras que vendem amendoim, que destraem os bicheiros incansàveis dos transportes públicos de passageiros, só para pagarem cinco meticais, e o resto dos dois e meio acabarem com o amendoim torrado daquelas mamanas que circulam de um lado para o outro, sem olhar para as horas que correm para a noite.
Continuando à minha viagem, escalei uma daquelas ruelas, cujos nomes não conheço, mas gosto de lá estar, com amigos, parceiros e xikuaxuras.
Nos passeios já sentia na pele o olhar exigente das prostitutas que passavam por uma crise de clientela, é sempre assim no inverno.
De outro lado, meu amigo Perdigão, o Tuga, sabe, aquele dos descontos, encomodava a Rosa de unidade 7, a prostituta mais batalada da esquina e a mais carreira de todas, pedindo desconto no preço mínimo da sessao, cinquenta meticais. Coitada fazia aquele preço, já na ultima esperança, pois, as ruas andavam sem homens por causa do frio, pronto, é mais uma daquelas situações da crise mundial financeira, aquela que só o caraças do Tuga pode enfrentar.
Os outros cantos, pequenas curvas e escuras, sedidas pelos guardas de algumas enpresas que andam por alí, soltavam os gritos das outras prostitutas que ao ritmo da "foda" sentiam a necessidade de chamar os nomes dos seus marridos, mesmo sendo enfiadas por outros homens, tratando –as como selvagens e não amadas.
Ainda não havia chegado à minha esquina preferida, a do meio, aquele bar dos sexantes VIPs, no decurso vejo a minha amiga, a Xikuachura do Mabalane dos Mortos, a ser vitimamente estuprada por um vigilante da polícia, o Miguel de pernas aqueadas, que enfiou todas as meninas daquele lugar, sob ameaça de morte, uma vez que anda com uma AKM abraçada ao "barrigão" que enche a pansa, a outra, Izabel discutia com um tipo que lhe fodeu à custo zero.
Num momento em que as noites passavam de crianças para idosas, cheguei à esquina dos homens que participam no concurso do pénis mais grande e mais doce da noite, concursos sempre ganhos pelo Jimmy Malaquias, um aí...., em que escolhiam uma negrinha simpàtica, humilde, daquelas caseiras que fica de capolanas durante o dia, para chupar o "carralho" de um por um e meter – o todo na boca, para o vencedor, seria oferecida uma noite, na verdade uma madrugada com uma "mulatinha", daquelas preservadas, que enfiam se nos vestidos cumpridos que fecham todo o corpo e enchem as ruas e as mesquitas da cidade, umas de Manhanga, outras de Josina e universitárias, em fim belas e perigosas, para fazer com ela o que bem entender.
E chegou a minha vez, homens musculosos olhavam para mim com um olhar assustador, de ameaça, como se estivessem a reclamar algo de mim, nao me importei, fui em frente com a minha candidatura, frustrada pelo medo de mostrar o pouco que tenho.
Algumas prostitutas murmuravam, aquele...não e aquele que..., outras continuavam, sim, aquele tal de...jornalista, e começaram a gritar, sim e ele, já le vi ate na televisão, e ele sim.
Porcurei por onde vinham as vozes e ví raparigas que dao toda tesao, relachado cheguei ao palco central da sala para enfiar aquela gostosa na boca, enfiei, o que senti!
Nunca havia sentido antis, parecia que estava a cossar – me numa ferrida, sentia um prazer estranho, nunca alguem havia me feito aquilo na vida.
No fundo ouviam – se gargalhadas , homens e mulher se lambuzando, riam – se de mim como se nao fosse nada, mas o prazer era maior que nao dava para perceber se eram rizos ou prazer em harmonia que sentia, quase ejaculava na boca de uma mulher ensajeradamente velha, sim vovo quase embrulhada e amarotada de tantas rugas, e que estava – me chupando e eu, me contorcendo, a pensar se tratava de uma negrinha gostosa e novinha.

Xiguiana da Luz
Xiguianadaluz@yahoo.com.br