8.9.11

Falácias de um ex-falecido

- Verso
Vento
Vozes
Vontade
Verdade
Virgindade
- Estrofe
Encatações
Emoções
Escrita
- Palavra
Passos
Principio
Partida
Paixão
Prazer
Parceria
Penetração
Porcaria
Pessoas
Paz
- Letra
Lealdade
Lamentações
Loucura
Lírica
Literatura
- Sentido
Sorriso
Sexo
Sentimentos
Subjectividade
- Caminhos
Começo
Chegada
Carrinho
Canções
Cultura
Conjuntura
Convergência
Conto
Crónica
- Fim
Felicidade
Fraternidade
Fantasia
Feitiço
Factos.
- Término
Traição
Tradição
Ternura
Táctica
Timbila
Teor
- Destino
Doçura
Dança
- Mar
Melodias
Mulher
Masturbação
Mentira
Maldição
- Água
Amor
Amizade
Alegria
Arte
Abraço
Acção
Argumentação
- Beijo
Bondade
Bonança
Balança
Balada
Universalidade
Unidade
Originalidade
Oralidade
Objectividade
Realidade
Igualdade
Honestidade
Justiça
Gente
Homem
Poesia

Morte
Vida

Insólito!

Conspiração total
Violação trágica
Atentado desumano
Minúsculo inquilino do inferno invadiu a terra
Não sobrou ninguém
Mas ainda há gritos
Não se ouve nada
Apenas choram os ares
Sem ninguém para os respirar
Muitas vidas se foram
Perdidas
Antes da hora
Que hora?
A vida tem hora?
E que horas são?
22:48
Na rua não tem ninguém
Rusga um…
Sem gente
Locomovendo-se a nada
Vai se acelerando
Buzina – pim – pim…
Algo se esquiva
Outro recua-se para evitar o pior
Mas não é gente
É o silêncio sem privacidade
Iludida pela buzina do semi-colectivo
Susto do medo
Morte da vida
Desgraça da miséria
Pobreza absoluta
É mais um
Que levou mais um
E mais ninguém falará
Porque ninguém os impede
Fazem e desfazem
Por isso que todos morremos
E ficaram eles
Com carros, travões, aceleradores e volantes
Buzinando contra a próxima vítima
É mais um
Insólito