9.7.11

O Primeiro cliente


Puta – disse o homem empenhando a a mão com mil quilogramas de borrada no rosto da mulher sexist. Tal mulher era Kotile. Menina que antes for a em terras que a honravam, com toda dignidade e esperaça.
Era ainda o seu primeiro hoem. Antes nenhum o tocara com tanta hozadia. Kotile percebera a vingaça da vida na Rua Araújo e a traição da cidade grande que for a dos seus sonhos. Ka pfumo não era nada. Antes se chamasse qualquer coisa. Mas que não fosse como se chamava. Mas Maputo é nome parecido com Puta. Embora não seja a razão.
Medinho, for a esse o tal hoem que com osadia e macheza olhou para Kotile na Rua Araújo como pessoa dígna da sua compra, para garrantir a sua o sucesso do seu primeiro dia laboral’
Era sexta-feira. Dia 13. Dia das bruxas. Bruxas femeninas. Os machos são bruxos, por isso que aprecera um homem. Agora é assim mesmo. É imancipação até na brucharia.
Nos corredores daquela rua, pisavam-se as lágrimas sileciosas da Kotila, circulava com mine saias, cujo tamanho não era digno de se chamar de mine saia. Parecia uma pura roupa interior. Pura porque era mesmo quase que um espelho lambido pelo orvalho. Se via tudo. Tudo mesmo.
Kotile era donzela, com pernas perpendeculares e ancas particulars. Não eram ainda dignos de destaque, mas os homens viam e viram. Os passos da sua inocência, ainda que transportacem a timidez da sua pele e o ardor do seu coração, pela pouca vergonha, chamavam e atraíam a clientele. Que fazer. Coisas do coração não se vé. Diziam sempre a Tia Distina com o seu portugues pacato. “vamos fazer mais como. É assim mesmo nwananga…”
Em instants de camera lenta, Kotile lebrara-se desses dizeres.
-          Filha o corpo de uma mulher assusta. I ma singita!
E a mare subia. Kotile choravam para sasssear os remorços e a raíva do tempo. As lebranças que não deslembram. A verdade que não se omite e a realidade eminente. Era seu dia de sexo. Seria na Rua Araújo. No quintal de aluguer nos guardas da cidade. Ou na escadaria das ruínas da baixa. Onde ela baixava as saías para finger que vestiu-se de saia. Mas não era nada. Era nudez e pouca vergonha. Batom carregado fazendo os seus lábios de sangue seco. Resultado de muita sangração e dolorosa dor. Os olhos pitandos a lapis de carvão, rimavam com o choro dos monchos sem abrigo e desabrigados nos ramos do Tunduro que cai e descai velho.
Aproxima-se medinho e despença apresentações dama!
-          Quanto é que é…?
Calou-se Kotile. Levantou o nariz e fingiu que respirava com vida. Mas o homem persistia e cada vez mais ensistia. Como se fosse um acto de conquista.
Enfiou a mão pelas curvas das bem aventuranças e esmagou-lhe com força e dureza.
Kotile forçava-se a não reagir. Mas as mãos do homem foram mais longe. Medinho era homem macho. Fazia parte dos melhores da casa. Era cliente das noites da pouca vergonha. Todas o conheciam pela sua dureza, mas também, for quem tinha a missão de receber as novatas.
O distino traíra Kotile e o homem. Medinho fora o escolhido para receber a encomenda que caíra das bandas do Nkomane, nas margens de lá, onde Deus livrou-se dos homens e libertou os defuntos. Mortos que desafiaram os poderes da eternidade. Ou moriam para sempre se não quizessem viver para sempre. Advinha o que escolheram? Viver para sempre. Tombaram num inverno e noutro ressuscitaram com vinganças. Queriam vidas e mais vidas para que as professias se concretizassem. Quais professias? Que Nkomane não for a destinado aos vivos temporaries. Era para os vinventes das eternidades.
Aos passos da recusa. Viu-se, Kotile, obrigada a encostar a parede e Medinho avançou-se com rapidez da água para o interior. Chegava ao ponto do alcance da pureza. Lá onde as mine saias já não conseguem proteger perante a sua masculinidade.
-          Ni tsiki! – gritou Kotile sem mais suportar tal acto de obrigação sexual – mussatanhoku. Não me toques!
-          O qué. Sabes quem sou? Medinho. Nenhuma mulher nega-me nestas bandas e não serás a primeira. Puta! - Apressou-se para a purada com a mão possuida por forças já antes vistas de si.
Kotile consentiu-se em instantes de silêncio no chão. Fora a primeira mão a lhe roçar o rosto com tamanha força. Sente com muita dor os efeitos da bofetada. Pensa em silêncio mortífero. Em algum momento acredita que não tem mais dentes. As axilas não se sentem e a lígua pareceu ter abandonado a sua boca. Cospe sangue e lágrimas fervidas. Chora. Mas é tudo em vão.

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