Menina preta de alma mista
Quero olhar-te com verde da sua esperança
Nas suas mãos de luta entregar-me
Viver-te.
Ampliar-te em meus horizontes
Machucar-te com as minhas mãos que afagam-te
Moça...
Menina de pais desconhecidos
Cor dos símbolos da sua mãe
Quero me apertar nas suas pernas paralelas
Deixar a minha língua saborear os seus encantos dissabores
Sem chorar os a favores
A vida dura com amizades fraternas
De que vivem os seus cabelos?
Seus cabelos
Seus ricos fios de cabelos
Somos nós,
Outrora chamados de pretos
Doravante negros
Os seus olhos
O encanto canto dos seus olhos
Agora verdes. A esperança.
Amarelos…cheios de riqueza
Vermelhos. Como o amor e solidão que não se separam.
Brancos…mulatos…unidos como a paz
Pelo seu nome, os seus filhos,
Esses que somos nós…
Moça
Conquistaram a paz
Para poder ti chamar
Moçambique
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