Não sei me olhar sem antes olhar nos seus olhos e ver-me apossado.
Eu, que agora navego em insónias noites, procurando em algures do meu corpo, o resto do seu perfume, procuro em mim ainda, as marcas do seu batom, perseguido pela saudade do seu beijo.
Eu que nesta noite parei o sono em sua busca, agora escrevo, exímio de um poeta que está em mim, sem poupar palavras, sem cansar os dedos que ti escrevem, sem merecer socorro de que tanto chamo perdido de desejo de tocar os seus cabelos que tanto louvo.
Eu, exímio do poeta que se esconde nesta alma que ti quer, declaro-me neste manifesto, movido pela vontade de passar esta mão que segura o papel, na sua gloriosa cintura.
Eu, homem desconhecido de mim, declaro-me neste manifesto que se for poesia, tu és o verso, o meu amor irreversível.
E se tu me amas então não mais escreverei um poema de amor, amarei-te apenas.
Ama-me.
Xiguiana da Luz
Madrugada de segunda-feira, 03 de Outubro de 2011
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