19.10.11

Lua


Nossa herança
Fortuna perdida nos trópicos
Unida à África nossa
Espelha-se na vaidade da gente
Dispersa-se nas matas selvagens
Encarnada nas águas que nos alimentam
Escorre por esta mãe África rezando

Lua
Aos nossos braços
Estende a sua mão da liberdade
Dê nova postura as flores deste jardim
Que aos seus olhos não murchem
Que aos seus olhos, nasçam e floresçam

Lua
Serena lua
Olhai este berço
Deixe a nossa África
Mergulhar-se nua de lágrimas no seu leito
De corpo e alma
Na busca da vida


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