Para minha avó,
esposa segunda do meu pai,
mãe de dois irmãos meus
e falecida
Um bando de dor se excitou,
Lágrimas em versão dos hinos celestes,
Buscavam o momento do adeus último.
Diante de mim, estava a nova habitante do além
Do poente
Do fim
Da noite que não amanhece.
De doloroso
Nascia no escancaro,
A tumba
O túnel do abrigo na morte.
Mais uma vida se rendera aos deuses assassinos
Desta vez
Foi em Junho.
Aos meus olhos
A pirâmide esquivou-se do mortífero Setembro…
Quem sobrou….
Quem sobrou?
O que ficou?
… A maldita que engolirá a minha mãe?
A peste que cobiça o meu pai?
O próximo é desconhecido
Mas existe
E a peste o levará para onde quiser
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